quinta-feira, 22 de julho de 2010

A Mitologia Grega - Deuses.



Júpiter Júpiter ou Jove (Zeus), embora chamado pai dos deuses e dos homens, tivera um começo. Seu pai foi Saturno (Cronos) e sua mãe Réia (Ops). Saturno e Réia pertenciam à raça dos Titãs, filhos da Terra e do Céu, que surgiram do Caos, sobre o qual falaremos com mais minúcia no próximo capítulo. Havia outra cosmogonia, ou versão sobre a criação, de acordo com a qual a Terra, o Êrebo e o Amor foram os primeiros seres. O Amor (Eros) nasceu do ovo da Noite, que flutuava no Caos. Com suas setas e sua tocha, atingia e animava todas as coisas, espalhando a vida e a alegria. Saturno e Réia não eram os únicos Titãs. Havia outros, cujos nomes eram Oceano, Hipérion, Iapeto e Ofíon, do sexo masculino; e Têmis, Mnemósine, Eurgnome, do sexo feminino. Eram os deuses primitivos, cujo domínio foi, depois, transferido para outros. Saturno cedeu lugar a Júpiter, Oceano e Netuno; Hipérion, a Apolo. Hipérion era o pai do Sol, da Lua e da Aurora. É, portanto, o deus-sol original e apresentavam-no com o esplendor e a beleza mais tarde atribuídos a Apolo.


As madeixas de Hipérion, do próprio Jove afronte.
SHAKESPEARE



Ofíon e Eurínome governaram o Olimpo, até serem destronados por Saturno e Réia. Milton faz alusão a eles, no Paraíso Perdido, dizendo que os pagãos parecem ter tido algum conhecimento da tentação e da queda do homem: Contavam em suas lendas que a serpente A quem chamavam Ofion, com Eurínome, (Talvez a mesma usurpadora Eva) Reinaram no princípio sobre o Olimpo De onde Saturno os expulsou depois. As representações de Saturno não são muito consistentes; de um lado, dizem que seu reino constituiu a idade de ouro da inocência e da pureza, e, por outro lado, ele é qualificado como um monstro, que devorava os próprios filhos1. Júpiter, contudo, escapou a esse destino e, quando cresceu, desposou Métis (Prudência) e esta ministrou um medicamento a Saturno, que o fez vomitar seus filhos. Júpiter, juntamente com seus irmãos e irmãs, rebelou-se, então, contra Saturno e seus irmãos, os Titãs, venceu-os e aprisionou alguns deles no Tártaro, impondo outras penalidades aos demais. Atlas foi condenado a sustentar o céu em seus ombros. Depois do destronamento de Saturno, Júpiter dividiu os domínios paternos com seus irmãos Netuno (Poseidon) e Plutão (Dis). Júpiter ficou com o céu, Netuno, com o oceano, e Plutão com o reino dos mortos. A Terra e o Olimpo eram propriedades comuns. Júpiter tornou-se rei dos deuses e dos homens. Sua arma era o raio e ele usava um escudo chamado Égide, feito por Vulcano. Sua ave favorita era a águia, que carregava os raios.

Juno (Hera) era a esposa de Júpiter e rainha dos deuses. íris, a deusa do arco-íris, era a servente e mensageira de Juno. O pavão, sua ave favorita.

Vulcano (Hefesto), o artista celestial, era filho de Júpiter e de Juno. Nascera coxo e sua mãe sentiu-se tão aborrecida ao vê-lo que o atirou para fora do céu. Outra versão diz que Júpiter atirou-o para fora com um pontapé, devido à sua participação numa briga do rei do Olimpo com Juno. O defeito físico de Vulcano seria conseqüência dessa queda. Sua queda durou um dia inteiro e o deus coxo acabou caindo na Ilha de Lenos que, desde então, lhe foi consagrada. Milton alude a esse episódio, no Livro I do Paraíso Perdido:


Caiu do amanhecer ao meio-dia,
Do meio-dia até a noite vir.
Um dia inteiro de verão, com o sol
Posto, do zênite caiu, tal como
Uma estrela cadente, na ilha egéia
De Lenos.



Marte (Ares), deus da guerra, era também filho de Júpiter e de Juno.

Febo (Apolo), deus da arte de atirar com o arco, da profecia e da música, era filho de Júpiter e de Latona, e irmão de Diana (Ártemis). Era o deus do sol, como sua irmã Diana era a deusa da lua.

Vênus (Afrodite), deusa do amor e da beleza, era filha de Júpiter e Dione, mas outra versão a dá como saída da espuma do mar. O Zéfiro a levou, sobre as ondas, até a Ilha de Chipre, onde foi recolhida e cuidada pelas Estações, que a levaram, depois, à assembléia dos deuses. Todos ficaram encantados com sua beleza e desejaram-na para esposa. Júpiter deu-a a Vulcano, em gratidão pelo serviço que ele prestara, forjando os raios. Desse modo, a mais bela das deusas tornou-se esposa do menos favorecido dos deuses. Vênus possuía um cinto bordado, o Cestus, que tinha o poder de inspirar o amor. Suas aves preferidas eram os pombos e os cisnes, e a rosa e o mirto eram as plantas a ela dedicadas.


Cupido (Eros)
, deus do amor, era filho de Vênus, e seu companheiro constante. Armado com seu arco, desfechava as setas do desejo no coração dos deuses e dos homens. Havia, também, uma divindade chamada Antero, apresentada, às vezes, como o vingador do amor desdenhado e, outras vezes, como o símbolo do afeto recíproco. Contava-se a seu respeito, a seguinte lenda:

Tendo Vênus queixado-se a Têmis de que seu filho Eros continuava sempre criança, foi-lhe explicado que isso se dava porque Cupido vivia solitário. Haveria de crescer, se tivesse um irmão. Antero nasceu pouco depois e, logo em seguida, Eros começou a crescer e a tornar-se robusto.

Minerva (Palas), a deusa da sabedoria, era filha de Júpiter, mas não tinha mãe. Saíra da cabeça do rei dos deuses, completamente armada. A coruja era sua ave predileta e a planta a ela dedicada era a oliveira.

Byron, em "Childe Harold" refere-se, da seguinte maneira, ao nascimento de Minerva:


Não podem, por acaso, os tiranos
Senão pelos tiranos ser vencidos,
Não pode mais, acaso, a Liberdade
Achar na Terra um campeão, um filho,
Como Colúmbia, ao irromper, um dia,
Armada e imaculada como Palas?



Mercúrio (Hermes), filho de Júpiter e de Maia, era o deus do comércio, da luta e de outros exercícios ginásticos e até mesmo da ladroeira; em suma, de tudo quanto requeresse destreza e habilidade. Era o mensageiro de Júpiter e trazia asas no chapéu e nas sandálias. Na mão, levava uma haste com duas serpentes, chamada caduceu. Atribuía-se a Mercúrio a invenção da lira. Certo dia, encontrando um casco de tartaruga, fez alguns orifícios nas extremidades opostas do mesmo, introduziu fios de linho através desses orifícios, e o instrumento estava completo. As cordas eram nove, em honra das musas. Mercúrio ofereceu a lira a Apolo, recebendo dele, em troca, o caduceu.

Ceres (Deméter), filha de Saturno e de Réia, tinha uma filha chamada Prosérpina (Perséfone), que se tornou mulher de Plutão e rainha do reino dos mortos. Ceres era a deusa da agricultura.

Baco (Dioniso), deus do vinho, era filho de Júpiter e de Semeie. Não representava apenas o poder embriagador do vinho, mas também suas influências benéficas e sociais, de maneira que era tido como o promotor da civilização, legislador e amante da paz.

Um comentário:

  1. Aquele momento estranho que o post é sobre mitologia GREGA e os deuses estão com seus respectivos - ou nem tanto, porque haviam mudanças na personalidade e nas esferas de controle - nomes ROMANOS como principais e GREGOS entre parêntese.

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