segunda-feira, 26 de julho de 2010

A Mitologia Grega - Monstros: Gigantes




Os monstros, na linguagem da mitologia, eram seres de partes ou proporções sobrenaturais, em via de regra encarados com horror, como possuindo imensa força e ferocidade, que empregavam para perseguir e prejudicar os homens. Alguns deles, imaginava-se, combinavam os membros de diferentes animais, como a Esfinge e a Quimera. E a todos estes eram atribuídas as terríveis qualidades dos animais ferozes, juntamente com a sagacidade e outras qualidades humanas. Outros, como os gigantes, diferiam dos homens principalmente quanto ao tamanho; e, nesse particular, devemos reconhecer que havia uma grande diferença entre eles. Os gigantes humanos, se assim podiam ser chamados, tais como os Ciclopes, Anteu, Orion e outros, não eram inteiramente desproporcionados com relação aos seres humanos, pois se misturavam com os homens, em seus amores e lutas. Por outro lado, os gigantes super-humanos, que guerreavam com os deuses, eram de proporções muito mais vastas. Títio, contava-se, quando se estendia na planície cobria nove acres1 e para cobrir Encélado foi preciso todo o Monte Etna. Já falamos da guerra que os gigantes travaram com os deuses e de seu desfecho. Enquanto durou essa guerra, os gigantes mostraram-se inimigos temíveis. Alguns deles, como Briareu, tinham cem braços; outros, como Tífon, soltavam fogo pela boca e pelas narinas. Em certa ocasião, fizeram tanto medo aos deuses, que estes fugiram para o Egito e se esconderam sob várias formas. Júpiter tomou a forma de um carneiro, pelo que depois foi cultuado no Egito como o deus Amon, com chifres recurvados. Apolo transformou-se em um corvo, Baco, em um bode, Diana, em uma gata, Juno, em uma vaca, Vênus, em um peixe, Mercúrio, em uma ave. Em outra ocasião, os gigantes tentaram escalar o céu e, para esse fim, colocaram o Monte Ossa sobre o Pélion.2 Afinal, foram vencidos pelos raios, que Minerva inventou e ensinou Vulcano e os Ciclopes a fazer para Júpiter.

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